terça-feira, 27 de outubro de 2009

VOCÊ FARIA UMA PROVA DE UM PROFESSOR QUE NUNCA FOI DAR AULA?


Por Vinícius Oliveira (Coordenação Nacional da ENECOS) E "Chuck" (Militante da ENECOS-SERGIPE).




Imagine um professor que nunca deu uma única aula. Nunca indicou uma leitura, não propôs nenhum debate em sala, e nem sequer mandou um e-mail. Imagine então, que esse mesmo professor marque uma prova com TODO o conteúdo da unidade e sorteasse apenas algumas pessoas pra fazê-la. Você faria essa prova?

ENTÃO POR QUE FAZER O ENADE?



O ENADE (Exame Nacional de Avaliação do Desempenho Estudantil) é parte do SINAES (Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior), cuja proposta DEVERIA ser de avaliar o ensino superior para assim trazer melhorias aos cursos e às universidades. DEVERIA!!
Um sistema de avaliação que é baseada no rendimento de estudantes sorteados do primeiro e ultimo período, refletem a situação do curso? Um “exame” que tem um caráter RANQUEADOR e PUNITIVO, onde ao invés de investir mais nas universidades com notas menores, ele é usado para legitimar as desigualdades de verbas entre as diferentes instituições. Um “exame” que não respeita as especificidades e a regionalidade, onde uma mesma prova é aplicada no país inteiro, negligenciando suas particularidades culturais.

Você que é veterano ou mesmo calouro, Quantas vezes o MEC veio na sua Universidade perguntar o que precisa no seu curso?


Uma AVALIAÇÃO DE VERDADE não deveria avaliar apenas o desempenho individual dos estudantes. Uma avaliação de verdade deve avaliar a estrutura como um todo de um curso, sua infra-estrutura tanto das salas de aula quanto dos laboratórios, sua biblioteca e o acervo especifico de cada curso, a quantidade e a qualificação de seus professores. Deve também analisar os projetos pedagógicos, as grades curriculares, o que e como se produz nas áreas de pesquisa e extensão, a oferta e a qualidade de estágios curriculares e ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL para garantir a permanência dos estudantes, entre outras coisas.

POR UMA AVALIAÇÃO DE VERDADE

BOICOTE O ENADE!!! (antes que ele boicote você!)




Descubra como boicotar o ENADE!
1. Conferir na sua faculdade se você foi selecionado a realizar a prova;
2. Comparecer pontualmente ao local da prova no dia 9 de novembro;
3. Assinar a lista de presença;
4. ENTREGAR A PROVA EM BRANCO COM O ADESIVO DA CAMPANHA COLADO OU UM GRANDE ZERO DESENHADO!



A minha nota aparecerá no histórico escolar?
Não. Segundo a lei n° 10.861, de 14 de abril de 2004, que institui o ENADE, constará no histórico escolar somente se o estudante foi selecionado e se compareceu à prova. Por isso é muito importante que todos compareçam à prova para zerá-la.
A minha nota será divulgada?
Não. Esta mesma lei diz que a nota será entregue individualmente a cada estudante que realizou a prova, sendo vedada qualquer identificação nominal do resultado obtido por cada um.
A faculdade irá entregar meu diploma se eu boicotar o ENADE?
Sim. É obrigação da faculdade entregar o diploma ao estudante que concluiu o curso devidamente, independentemente de sua nota no ENADE.
Boicotar é não legitimar uma prova que não diz respeito à qualidade de ensino. Assim, quem faz o ENADE tem sua formação prejudicada, pois ele não atesta a real avaliação que a comunidade universitária sempre exigiu.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

26 de Outubro - Dia Nacional pelo Passe Livre

O mês de Outubro foi um mês de preparação para todos os MPL´s (Movimento Passe Livre)espalhados pelo país, tendo em vista que hoje dia 26 de Outubro é o dia Nacional pelo Passe Livre.
(Saiba mais sobre o MPL aqui )
O engraçado é que dessa vez não foi só o MPL que se organizou pra falar do transporte público, mas o telejonal de maior Audiência Nacional publicou no dia 22/10 uma matéria que afirmava que o aumento das tarifas este ano foram maiores que a inflação, que alguns trabalhadores gastam metade de seus salários só com transporte, que são obrigados a fazer caminhadas de mais de uma hora ao voltar do trabalho para não prejudicar a sua renda familiar (assista na integra ).
A diferença do discurso da Globo para do MPL é que, a Globo inclui na reportagem um economísta que justifica o aumento com a disculpa das diferenças de impostos nas diversas regiões do país, no custo da gasolina, e ainda apresenta ao fim da matéria uma trabalhadora afirmando que se sente satisfeita ao voltar do trabalho a pé por 1h30min, pois segundo ela " eu caminho e economizo mais de 100 reais".
Acho que o debate vai muito mais além, e precisa ser levado com seriedade. Existe um comercio automobilístico envolvido nesse aumento, existem interesses privados, e não há repasse para os funcionários braçais desse serviço. Vivemos numa sociedade que diz compre um carro pra estar na moda, para ser reconhecido e uso como disculpa a má qualidade do transporte público. Existem acordos que viabilizam o monopólio existente em Ilhéus e Itabuna. Esperamos horas para pegar ônibus lotados, por preços exorbitantes, e os orgãos responsáveis por fiscalizar essas deficiências estão domindo!
Não podemos ficar de braços cruzados e nem reclamando com um discurso idealísta. Precisamos nos unir a sociedade por um transporte público de verdade.

Essa semana estaremos nos organizando na UESC e você é convidado:
De 29 e 30, ás 18hs no Centro de Entretenimento Universitário - CEU.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Sociedade do automóvel

11 milhões de pessoas, quase 6 milhões de automóveis; um acidente a cada 3 minutos; uma pessoa morta a cada 6 horas; 8 vítimas fatais da poluição por dia.

No lugar da praça, o shopping center; no lugar da calçada, a avenida; no lugar do parque, o estacionamento; em vez de vozes, motores e buzinas.

Trabalhar para dirigir, dirigir para trabalhar: compre um carro, liberte-se do transporte público ruim. Aquilo que é público é de ninguém, ou daqueles que não podem pagar.

Vidros escuros e fechados evitam o contato humano. Tédio, raiva angústia e solidão na cidade que não pode parar, mas não consegue sair do lugar.

um vídeo de
Branca Nunes e Thiago Benicchio

baixe aqui


fonte: http://www.ta.org.br/sociedadedoautomovel/

MST Informa n° 174 - 09/10/09 -Esclarecimentos sobre últimos episódios veiculados pela mídia


Diante dos últimos episódios que envolvem o MST e vêm repercutindo na mídia, a direção nacional do MST vem a público se pronunciar.

1. A nossa luta é pela democratização da propriedade da terra, cada vez mais concentrada em nosso país. O resultado do Censo de 2006, divulgado na semana passada, revelou que o Brasil é o país com a maior concentração da propriedade da terra do mundo. Menos de 15 mil latifundiários detêm fazendas acima de 2,5 mil hectares e possuem 98 milhões de hectares. Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras.



2. Há uma lei de Reforma Agrária para corrigir essa distorção histórica. No entanto, as leis a favor do povo somente funcionam com pressão popular. Fazemos pressão por meio da ocupação de latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem a função social, como determina a Constituição de 1988.



A Constituição Federal estabelece que devem ser desapropriadas propriedades que estão abaixo da produtividade, não respeitam o ambiente, não respeitam os direitos trabalhistas e são usadas para contrabando ou cultivo de drogas.



3. Também ocupamos as fazendas que têm origem na grilagem de terras públicas, como acontece, por exemplo, no Pontal do Paranapanema e em Iaras (empresa Cutrale), no Pará (Banco Opportunity) e no sul da Bahia (Veracel/Stora Enso). São áreas que pertencem à União e estão indevidamente apropriadas por grandes empresas, enquanto se alega que há falta de terras para assentar trabalhadores rurais sem terras.



4. Os inimigos da Reforma Agrária querem transformar os episódios que aconteceram na fazenda grilada pela Cutrale para criminalizar o MST, os movimentos sociais, impedir a Reforma Agrária e proteger os interesses do agronegócio e dos que controlam a terra.



5. Somos contra a violência. Sabemos que a violência é a arma utilizada sempre pelos opressores para manter seus privilégios. E, principalmente, temos o maior respeito às famílias dos trabalhadores das grandes fazendas quando fazemos as ocupações. Os trabalhadores rurais são vítimas da violência. Nos últimos anos, já foram assassinados mais de 1,6 mil companheiros e companheiras, e apenas 80 assassinos e mandantes chegaram aos tribunais. São raros aqueles que tiveram alguma punição, reinando a impunidade, como no caso do Massacre de Eldorado de Carajás.



6. As famílias acampadas recorreram à ação na Cutrale como última alternativa para chamar a atenção da sociedade para o absurdo fato de que umas das maiores empresas da agricultura - que controla 30% de todo suco de laranja no mundo - se dedique a grilar terras. Já havíamos ocupado a área diversas vezes nos últimos 10 anos, e a população não tinha conhecimento desse crime cometido pela Cutrale.



7. Nós lamentamos muito quando acontecem desvios de conduta em ocupações, que não representam a linha do movimento. Em geral, eles têm acontecido por causa da infiltração dos inimigos da Reforma Agrária, seja dos latifundiários ou da policia.



8. Os companheiros e companheiras do MST de São Paulo reafirmam que não houve depredação nem furto por parte das famílias que ocuparam a fazenda da Cutrale. Quando as famílias saíram da fazenda, não havia ambiente de depredações, como foi apresentado na mídia. Representantes das famílias que fizeram a ocupação foram impedidos de acompanhar a entrada dos funcionários da fazenda e da PM, após a saída da área. O que aconteceu desde a saída das famílias e a entrada da imprensa na fazenda deve ser investigado.



9. Há uma clara articulação entre os latifundiários, setores conservadores do Poder Judiciário, serviços de inteligência, parlamentares ruralistas e setores reacionários da imprensa brasileira para atacar o MST e a Reforma Agrária. Não admitem o direito dos pobres se organizarem e lutarem.



Em períodos eleitorais, essas articulações ganham mais força política, como parte das táticas da direita para impedir as ações do governo a favor da Reforma Agrária e "enquadrar" as candidaturas dentro dos seus interesses de classe.



10. O MST luta há mais de 25 anos pela implantação de uma Reforma Agrária popular e verdadeira. Obtivemos muitas vitórias: mais de 500 mil famílias de trabalhadores pobres do campo foram assentados. Estamos acostumados a enfrentar as manipulações dos latifundiários e de seus representantes na imprensa.



À sociedade, pedimos que não nos julgue pela versão apresentada pela mídia. No Brasil, há um histórico de ruptura com a verdade e com a ética pela grande mídia, para manipular os fatos, prejudicar os trabalhadores e suas lutas e defender os interesses dos poderosos.



Apesar de todas as dificuldades, de nossos erros e acertos e, principalmente, das artimanhas da burguesia, a sociedade brasileira sabe que sem a Reforma Agrária será impossível corrigir as injustiças sociais e as desigualdades no campo. De nossa parte, temos o compromisso de seguir organizando os pobres do campo e fazendo mobilizações e lutas pela realização dos direitos do povo à terra, educação e dignidade.



São Paulo, 9 de outubro de 2009



DIREÇÃO NACIONAL DO MST

Movimento Passe Livre (MPL)


Em sete pontos, o Movimento Passe Livre explica quem é, o que pretende e como está organizado.

1. O que é o Movimento Passe Livre (MPL)

O Movimento Passe Livre (MPL) é um movimento social autônomo, apartidário, horizontal e independente, que luta por um transporte público de verdade, gratuito para o conjunto da população e fora da iniciativa privada.

2. História do MPL

O MPL foi batizado na Plenária Nacional pelo Passe Livre, em janeiro de 2005, em Porto Alegre. Mas antes disso, há seis anos, já existia a Campanha pelo Passe Livre em Florianópolis. Fatos históricos importantes na origem e na atuação do MPL são a Revolta do Buzu (Salvador, 2003) e as Revoltas da Catraca (Florianópolis, 2004 e 2005). Em 2006 o MPL realizou seu 3º Encontro Nacional, com a participação de mais de 10 cidades brasileiras, na Escola Nacional Florestan Fernandes, do MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra].

3. Formas de organização

3.1. Autonomia e independência

Acreditamos que as pessoas diretamente envolvidas na luta são responsáveis pelas escolhas e criação das regras do movimento, sem depender de organizações externas como partidos e/ou entidades estudantis e financiamentos que exijam contrapartidas.

3.2. Apartidarismo mas não anti-partidarismo

Acreditamos em uma nova forma de se fazer política e não nos organizamos para eleições. Pressionamos o governo por políticas públicas, mas defendemos na nossa prática cotidiana que existe política além do voto. No entanto, é preciso deixar claro que ser “apartidário” não significa ser “antipartidário”. Assim como os apartidários, militantes de partidos políticos são totalmente bem vindos para colaborar na luta por passe livre.

3.3. Horizontalidade

Não existe hierarquia neste movimento. Não existe uma direção centralizada onde poucos decidem por muitos. Todos têm igual poder de participação.

4. O que é o passe livre

Passe livre é a gratuidade no transporte coletivo.

5. O que é um serviço público

Serviço público é aquele que não tem exclusão, que permite o acesso de todas as pessoas. A educação e a saúde só vão ser públicas de verdade se o transporte for público de verdade.

6. Mas é mesmo possível pegar ônibus de graça?

Não se trata de ônibus de graça, esse ônibus teria um custo, mas pago por impostos progressivos, não pela tarifa. O que a prefeitura precisa fazer é uma reforma tributária nos impostos progressivos, de modo que pague mais quem tem mais dinheiro, que pague menos quem tem menos e quem não tem não pague (impostos e taxas). Distribuir melhor o orçamento público, separando uma parte para subsidiar o transporte, ao invés de gastar dinheiro em propaganda, corrupção e obras que não atendem às reais necessidades da população. O passe livre estudantil já é realidade no Rio de Janeiro.

7. Sobre aumentos de tarifas

No Brasil, 35% da população que vive nas cidades grandes não tem dinheiro para pagar ônibus regularmente (IPEA, 2003). Muitas pessoas estão excluídas da educação porque não podem pagar o ônibus até a escola. Toda vez que aumenta a tarifa do ônibus, esta exclusão aumenta também. Ao mesmo tempo, é importante enfatizar que, mais que lutar contra o aumento da tarifa, lutamos contra a existência de uma tarifa. O sistema de Transporte precisa ser totalmente reestruturado, de modo que as tarifas não continuem aumentando, excluindo cada vez mais pessoas. O Transporte precisa ser visto como um direito essencial, não como uma mercadoria.

Fonte: http://tarifazero.org/mpl/ acesso hoje ;)

sábado, 10 de outubro de 2009

Umbigos x Democracia

Desde o fim de 2006 entidades começaram a se mobilizar para discutir a construção da I Conferência Nacional de Comunicação, entendendo-a como uma demanda de tempos. Logo em julho de 2007, ao final do Encontro Nacional de Comunicação, oficializou-se a Comissão Nacional Pró-conferência de Comunicação – CNPC (http://proconferencia.org.br/quem-somos/), que hoje, já com a conquista do decreto da conferencia assinado pelo presidente Lula em 17 de Abril de 2009, conta com mais de 30 entidades, que já mobilizam conferencias estaduais, municipais e locais em quase todos os estados do país.

Toda essa conversa gira em torno de uma bandeira: A DEMOCRATIZAÇÃO da comunicação ! (que lindO !)

O que me deixa encucada é que ao mesmo tempo em que essa bandeira está sendo defendida a unhas e dentes, uma outra luta é polemicamente travada no meio da comunicação: a Não OBRIGATORIEDADE do diploma de jornalista (ou “Dispensa de graduação para o exercício do Jornalismo…”)

obs. Como o enunciado de uma matéria pode influenciar na sua compreensão, pra não dizer opnião, sobre um assunto hein?

Falando em título, acho que ele mostra claramente minha opinião sobre e importância dada ao diploma.(ou pelo menos deveria)

Sou bracharelanda em Rádio e tv. e o que isso quer dizer? NADA..

Tá bom, quer dizer alguma coisa sim: que eu faço parte da minoria privilegiada do país, que consegue ingressar no ensino superior, público, e muito mais, que conseguiu chegar ao 6º Semestre ( grande parte dos ingressantes não tem condições financeiras, familiares, e/ou outras de concluir o curso. E na maioria das vezes não encontra em suas Instituições o mínimo de assistência estudantil que possibilite essa conclusão). Ah! ser Bacharelando quer dizer mais coisas sim! Quer dizer que eu tenho professores qualificados, com seus mestrados e doutorados, que tenho salas de aulas e laboratórios equipados, mas que no fim, a maioria dos meus colegas continua se limitando a receber as certezas que vem dos livrose são repassadas pelos professores e comprovando que aprenderam através dos créditos/avaliações.

Pra não dizer que eu to reclamando de boca cheia, sou muito agradecida por estudar na UESC ! (que lindO ![2]) Sabe, foi na UESC que aprendi o sentido de Universidade, descobri que “a aventura de criar uma nova universidade deve ser um compromisso diário do estudante” (parafraseando Cristovam Buarque), e foi principalmente isso que me fez enxergar a universidade nas rodas de conversa no barzinho do seu Gil, nos núcleos de vivência dos encontros da ENECOS, numa produção independente num distrito próximo, navegando nos blogs dos colegas de VÁRIOS cursos, assistindo seus vídeos, etc.

Não quero ser hipócrita, dizer que não quero me qualificar pro mercado de trabalho, que não quero pegar meu diploma, fazer meu mestrado e com isso ter condições mínimas de me sustentar. Mas acho que o objetivo maior de um estudante de 3º grau deveria ser adquirir o conhecimento necessário pra se tornar um proficional de qualidade e não garantir emprego (até porque diploma nunca serviu pra isso), o emprego é consequência.

É justamente nesse ponto que está a minha crítica. Nós que militamos pela democratização da comunicação temos constante acesso a produções que surgiram como iniciativas de pessoas sem o mínimo de instrução superior mas manifestaram interesse, curiosidade, ou simplesmente por enxergar na comunicação uma ferramenta de Luta, de inclusão, etc. Pra além disso, por favor companheiros, não me venham falar sobre ética, pois serei obrigada a lembrar do incidente no ATO do Enecom 2009. Que teve a intervenção de um ato paralelo pelo diploma, organizado pelo sindicato dos jornalistas, e desvirtuando o tema que seria Confecom e descriminalização dos movimentos sociais.

A funcionalidade do diploma deve ser melhor debatida, e a luta pelo respeito ao comunicador deve continuar, começando pela comunicação que é feita por ele mesmo.

Karen Oliveira – Rádio e TV/ UESC

(des)Encontros

Começou ..
Um sorriso, um abraço, estamos TODOS no mesmo barco.
Uma semana para nos conhecer melhor, para fazer AMIZADE!
E VRRUUM ! há um atropelo e os olhos já não se cruzam mais.
Amizade?
Todas as pontes que nos ligam a ela foram destruídas.
Por quem? Ou melhor, por que?
Alguém pode me explicar?
Suponho que descobrimos que os fins são os mesmos,
mas os meios não..
Ah! A construção coletiva?
vejamos:
- Descobrimos que a conciencia de classe depende de um processo.
- Descobrimos que a educação não está perdida.
- Descobrimos que precisamos estudar.
Estudar?
Não somos alienados
Não ouvimos arroxa
Não oprimimos ninguém
Pula essa parte.. isso é muito pós-moderno!
vamos a prática então!
Mística, mística, mística!
Pedem-nos para olharmos nos olhos uns dos outros, nos abraçar..
(poderia parar nessa parte)
Mas descobrimos que os meios são diferetes
demais para construírmos coletivamente.
As pontes já não estão lá, e agora
os ouvidos e bocas tem dominio próprio.
Papeiszinhos caminham pelo espaço,
recados de carinho, de conselhos, de preocupação..
(com o protegido ou com seu discurso?)
Meu horizonte continua claro, minhas relações já nem sei
Mas se não posso confiar no meu companheiro de olhos vendados
vou cuidar para que ele se sinta protegido
e confie em mim.
Quem sabe assim ele não descobre que nem toda estrela
é VERMELHA?