domingo, 21 de novembro de 2010

21 de Novembro

Desperto com um sonho, e o sonho me desperta..
Sentimento bom, que trás você de volta
e bem perto.
Amigo. Amor!
Sentimento ruim, que me lembra que não somos mais os mesmos.
Em momentos diferentes,
Amando outros amores!
Bons e ruins, eles, os sentimentos, existem para serem lembrados
e para lembrar que fazemos, e faremos, parte da vida um do outro.
E se não o sonho, olha pra Lua, vê que ela é sua..
Meu presente, em Novembros, Dezembros, Janeiros, infinito mil e além!
E se a bateria ajudar, vozes radiantes vão se (re)encontrar, por mais tempo,
com mais clareza, ouvindo o que deve ouvir e falando o que se quer falar!
Porque 21 de Novembro é só uma desculpa!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Comissão pede ação do MP para evitar baixaria no Big Brother

05/11/2010 16:35
Iriny Lopes em entrevista à Rádio Câmara: objetivo é melhorar a qualidade na programação da TV.


As manifestações de homofobia e discriminação racial e de gênero registradas nas edições anteriores do Big Brother Brasil (BBB), da Rede Globo, provocaram uma ação preventiva da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. O colegiado solicitou ao Ministério Público Federal que convoque a emissora para assinar um termo de ajustamento de conduta (TAC) com o objetivo de evitar violações de direitos humanos no BBB11, que vai ao ar no próximo ano.
Em ofício enviado nesta quinta-feira (4) à procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Gilda Carvalho, a presidente da comissão, deputada Iriny Lopes (PT-ES), sugere que a emissora se comprometa a transmitir o programa em horário que haja menor exposição a crianças e adolescentes.
O termo também deverá garantir, segundo a comissão, que a Rede Globo informe o Ministério Público sobre o conteúdo dos contratos firmados com os participantes do BBB11. E observe as recomendações do Conselho de Acompanhamento da Programação Televisiva da campanha “Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania”.

Ainda de acordo com a comissão, a emissora deve contratar empresa para realizar auditoria no resultado das votações promovidas pelo programa, “considerando as suspeitas levantadas por cidadãos sobre possível manipulação dos números”.
Fuso horário
Iriny Lopes ressalta que a iniciativa da comissão é provocada pelas “centenas de reclamações de telespectadores sobre a exposição de nudez em afronta à legislação de proteção às crianças, especialmente nos estados com fuso horário diferente do de Brasília”. A diferença de fuso, diz a deputada, resulta “na exibição de programas impróprios para crianças em horários em que elas estão acordadas, muitas assistindo televisão.”
O pedido da comissão também cita casos de discriminação veiculados no programa. No BBB10, a Justiça obrigou a emissora a prestar esclarecimentos à população sobre as formas de contágio do vírus HIV. A decisão judicial foi motivada pela veiculação de uma opinião homofóbica de um dos participantes, segundo o qual “homens héteros não contraem o vírus”.
Campanha
A campanha "Quem financia a baixaria é contra a cidadania" foi lançada em 2002 pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias, em parceria com entidades da sociedade civil. Por meio do telefone 0800-619-619, os telespectadores podem fazer denúncias sobre a programação das emissoras de televisão.
Iriny Lopes, em entrevista à Rádio Câmara, explica que o objetivo não é promover censura, e sim estimular a melhora na qualidade da programação da TV
O resultado é divulgado no “Ranking da Baixaria na TV”. No último, que reúne registros de agosto de 2009 a abril de 2010, o Big Brother Brasil 10 aparece em primeiro lugar, com 227 denúncias de “desrespeito à dignidade humana, apelo sexual, exposição de pessoas ao ridículo e nudez”. O número corresponde a mais da metade do total de reclamações recebidas no período - 391.
Da Redação/DC

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Conselhos são embriões de políticas públicas constitucionais

Pedro Caribé - Observatório do Direito à Comunicação
27.10.2010

A aprovação de um indicativo para implementação do Conselho de Comunicação Social do Ceará foi propagada como medida obscurantista pela maioria da grande imprensa e radiodifusão brasileira. A iniciativa da deputada Raquel Marques (PT), apreciada por unanimidade pela Assembléia Legislativa e encaminhada para o governador reeleito Cid Gomes (PSB), foi taxada como perigo a liberdade imprensa e expressão pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert), Associação Nacional de Jornais (ANJ) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Já o Ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello se pronunciou¹ que nem a Lei, nem órgão administrativo, podem criar quaisquer embaraço à informação jornalística.



Abert, ANJ, o Ministro do STF e setores da mídia distorcem os fatos para amedrontar a sociedade sobre o papel dos Conselhos. Não é uma resolução da I Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) a instalação desses órgãos. A Constituição Federal no Art 224 já prevê o Conselho de Comunicação Social pelo Congresso Nacional, a fim de regulamentar os artigos 220, 221, 222 e 223, do Capítulo V da Carta Magna. Infelizmente o Senado, responsável pelo Conselho, o mantém desativado.



Em nível estadual, Constituições como do Pará, Bahia, Alagoas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Goiás também deliberam pela convocação de Conselho Estadual. Assim, a I Confecom buscou orientar para complementariedade entre União, Estados e Municipios, atenta para o fato de nenhuma política pública no país se constituir sem a participação dos três entes federativos.



No caso dos Conselhos Estaduais não há nada a temer entre suas funções deliberativas, consultivas e fiscalizatórias. As Constituições dos estados sub nacionais brasileiros costumam destacar a comunicação nas responsabilidades, culturais, sociais e econômicas, a exemplo do Ceará. Envolver a comunicação nesses termos já é mérito destacável. Resoluções na Organização das Nações Unidas (ONU) já apontam para essas atribuições aos governantes há cerca de 50 anos, em especial no processo que desencadeou o relatório "Um Mundo e Muitas Vozes. Comunicação e informação na nossa época" lançado em 1981 e considerado até hoje o documento mais completo sobre os desafios do setor para as sociedades modernas.



Entre os problemas elencados pelo relatório estão as disparidades regionais e a concentração econômica, e curiosamente o Brasil já é citado como exemplo negativo neste quesito. No caso da legislação e estrutura administrativa nacional o condensamento de atribuições a União na comunicação é uma das características que representam sua defasagem. Tal situação impede o Estado de atenuar as desigualdades e incluir a comunicação como vetor num desenvolvimento socioeconômico horizontalizado.



Durante a I Confecom setores empresariais destacáveis participaram até o fim, como a Associação Brasileira de Radiodifusores (ABRA) e Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil). Uma das condições impostas por esses setores foi vetar a votação de propostas em estados e municipios. A medida, apelidada de "AI-8" da Confecom, visava estancar a intensa mobilização das Comissões Pró Conferência (CPC), diretamente responsáveis em tornar a Confecom irreversível na sua caminhada ardilosa. Impedia-se assim que a sociedade civil se apropiasse das complexas pautas negociadas nos Grupos de Trabalho (GT) e plenário da Confecom, posteriormente no Congresso e na agenda eleitoral nos três níveis da federação. Ao final, a implementação de Conselhos foi uma das poucas resoluções da Confecom que apontou para a descentralização.



Finalizada a Confecom alguns estados e municípios e a sociedade civil conseguiram ultrapassar os limites do poder Federal. Na Bahia, a I Conferência Estadual de 2008 sinalizou que as forças regionais começavam a se movimentar com relativa autonomia. O processo foi considerado alavancador da Confecom e teve a implementação do Conselho ponto prioritário entre governo, sociedade civil e empresários, com Projeto de Lei pronto para ser enviado à Assembléia ainda em 2010.



No Piauí, enquanto governado por Wellington Dias (PT), foi desenvolvido uma Unidade de Políticas Públicas de Comunicação, voltada para radiodifusão comunitária, e pós Confecom encaminhado um projeto de lei para o Conselho Estadual. Em Sergipe um GT formulou propostas para fortalecimento da radiodifusão pública local, já em Pernambuco a TV pública passa por renascimento, ambos, com ampla participação da sociedade. No Ceará, a CPC local se constituiu como Rede Cearense pela Comunicação (Redcom) e formulou a proposta de Conselho Estadual encampada pela parlamentar petista.



Vale ressaltar que as propostas de Conselho no Ceará, São Paulo, Alagoas, Bahia e Piauí prevêem a participação empresarial, em proporção muito superior a média dos demais Conselhos de políticas públicas, como saúde e educação. Na Bahia, entidades empresariais participaram ativamente do Grupo de Trabalho que finalizou uma proposta de consenso do Conselho, atualmente sob estudo pela Procuradoria Geral do Estado.



Vácuos históricos



Tais propostas estaduais, em especial os Conselhos, caminham sob vácuos históricos do setor, nos quais valem destacar: estrutura administrativa, racionalização das verbas publicitárias, fortalecimento do sistema público, observatório às violações aos direitos humanos na mídia, acompanhamento da utilização do espectro e liberação de outorgas e também da qualidade dos serviços de telecomunicações.



O primeiro vácuo é que os governos estaduais não detém estruturas administrativas aptas para tocar as políticas de comunicação sob interesses sociais e como vetor de desenvolvimento. Geralmente as secretarias de comunicação são meras assessorias de imprensa do governo e responsáveis em distribuir as verbas publicitárias. São desarticuladas as ações das emissoras públicas, empresas gráficas, ouvidorias e até secretarias, em especial as com relações mais diretas com a comunicação, a exemplo da cultura, educação e ciência e tecnologia. Assim, o Conselho tem o papel de auxiliar o governo na condução de pontos convergentes entre órgãos que podem dar corpo coerente a Planos Estaduais de Comunicação e futuramente Secretarias dotadas de estrutura humana e física apropriada.



Racionalização Publicitária



O segundo vácuo é o planejamento de políticas estaduais com participação da sociedade civil e atentas para os gastos com publicidade e propaganda. Atualmente as políticas estaduais são focalizadas em injetar volumosas verbas de publicidade e propaganda. Em 2009, os governos estaduais gastaram R$ 1,69 bilhões neste quesito, valor em crescimento progressivo ano a ano. São Paulo é o recordista e representa 20% deste total, R$ 311 milhões².



Tal montante torna os poderes executivos anunciantes de peso -provavelmente os maiores- no varejo local e reproduzem a mesma lógica nacional: se beneficiam destes recursos aqueles que detém maior audiência, tiragem ou acesso, critérios "técnicos" utilizados para distribuição destas verbas.



Ainda nas verbas de propaganda, é notória a ausência de transparência na sua destinação.O caminho tradicional do repasse destes recursos é a contratação de agências de publicidade que compram os anúncios no varejo, caracterizando uma relação entre iniciativa privada, a preços livres de concorrência, deixando a sociedade e orgãos de fiscalização de gastos, como os tribunais de contas, sem parâmetros claros do destino final e quantidade dos recursos alocados.



Já os pequenos e médios veículos, sem condições de medir ou alcançar percentuais significativos nos critérios de contratação das agências, ficam vulneráveis a terem afinidades com a linha editorial das assessorias de comunicação dos governos para tentar receber parte deste recurso.



Neste cenário os Conselhos podem se tornar espaços de racionalização das verbas publicitárias, protegendo empresas jornalísticas e governos. Ganha o cidadão ao ter jornalismo autônomo, sem embaraços econômicos e políticos, e também informações sobre a legalidade e viabilidade dos gastos públicos em publicidade.



Fortalecimento do Sistema Público



O terceiro vácuo é o fortalecimento dos veículos de caráter público. As emissoras públicas são historicamente sucateadas, com baixos níveis de audiência. Enquanto a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) se estrutura com relativa velocidade em nível nacional, as TV's estaduais continuam sob ingerência do poder Executivo e a ausência de fontes perenes de financiamento.



Às emissoras comunitárias são negados programas em complementariedade as demais políticas sociais e as verbas publicitárias são proibidas pela lei. Não é novidade o papel da comunicação para o desenvolvimento socioeconômico e promoção de valores compatíveis com a dignidade humana. Nas periferias dos centros urbanos e na zona rural brasileira os veículos comunitários são alternativas viáveis para informes educativos e valorização cultural. Liberar novas outorgas comunitárias não altera tal panorama, porque o comunicador, sem mecanismos de sustentabilidade, fica à mercê de "padrinhos" políticos ou religiosos, deteriorando a qualidade da informação.



Se trata de papel do Estado promover a sustentabilidade da radiodifusão pública e comunitária, conforme aponta a Organização dos Estados Americanos (OEA), na sua Relatoria Anual para Liberdade de Expressão. Para a OEA a concentração da propriedade comercial da radiodifusão tem efeito similiar a censura: o silêncio.



Assim, os Conselhos Estaduais podem se tornar espaços embrionários na elaboração de políticas com participação social, não só para revisão do caráter das verbas publicitárias, mas também de diagnósticos, desenvolvimento de fundos de fomento, cursos, redes e assessoria técnica, para os veículos comprometidos com a diversidade e pluralidade, desafogando a União de responsabilidade sob esses meios.



Observatório às violações aos Direitos Humanos



Um órgão administrativo do Executivo estadual, como o Conselho, não tem competência legal para interferir no conteúdo dos meios de comunicação. O quarto vácuo cumprido por estes órgãos é de observar às violações aos direitos humanos e encaminhar relatórios para o Ministério Público Estadual ou Federal tomarem as providências necessárias.



Atualmente a grade regional é abarrotada por programas policialescos, transmitidos em horários inapropriados para crianças e adolescentes, permeados de sangue, criminalização de grupos hitoricamente discriminados e setenciamento ilegal.



O Ceará teve três programas notificados pelo Ministério da Justiça (MJ) em 2004, quando se tentou efetivar a classificação indicativa: “Barra Pesada” da TV Jangadeiro (SBT), “Cidade 190” da TV Cidade (Record) e “Rota 22” da TV Diário (Globo). Na Bahia um monitoramento entre os meses de janeiro e julho de 2010 sistematizou este conjunto de violações.



Neste quesito os Conselhos se tornam espaços fundamentais para institucionalizar estas denúncias, buscando interlocução direta com os empresários, que detém cadeiras cativas na composição, bem como estimular intervenções do Ministério Público junto ao poder Judiciário.



Utilização do espectro



A liberação de outorgas de radiodifusão é de competência da União, segundo a Constituição Federal. O trâmite para obter uma concessão já é dotado de pouca transparência e envolve as comissões temáticas do Congresso, fartamente frequentada por políticos radiodifusores. A sensação de impunidade se reverte na utilização do espectro. É comum rádios e TV's pelo país expandirem suas transmissões para localidade onde não foram licenciadas ou mesmo continuarem a operar com o prazo do contrato expirado. Caberia então ao Conselho Estadual encaminhar à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e ao Conselho Nacional relatórios sobre a utilização do espectro e dar maior transparência local aos processos de outorgas.



No caso das emissoras comunitárias o caminho para obter uma outorga começa pela barreira técnica, na qual as comunidades mais humildes têm dificuldade de responder. São comuns os políticos e/ou religiosos que se especializaram em preencher tais requisitos para trocar por favores políticos aos comunicadores. O quinto vácuo do Conselho Estadual se conclui ao prestar assessorias técnicas aos comunidadores comunitários e acompanhar o processo de liberação de outorgas, a fim de atenuar, na origem, as distorções na radiodifusão comunitária.



Serviços de telecomunicações



Na década de 1990 a privatização das telecomunicações tornou os governos estaduais meros recolhedores e impostos nesse segmento. O Imposto de Circulação de Mercadorias (ICMS) nas teles costuma encarecer os serviços, representando até 60% do valor total em nível estadual, em alguns casos o montante é superior a armamentos e cosméticos, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A arrecadação do ICMS é distribuída para diversas políticas, como saúde, educação e segurança pública, mas as políticas de comunicação ficam órfãs do que movimentam economicamente.



O resultado é que os governos estaduais se resumem em aplicar iniciativas de inclusão digital via telecentros e parcerias com empresas de telecomunicações para prover internet em escolas públicas. Ações que pouco interferem para atenuar as disparidades regionais do setor e promover a universalização no acesso à internet em alta velocidade (banda larga), telefonia fixa ou mesmo barateamento das tarifas na telefonia móvel. Esse é o sexto vácuo destacável das políticas estaduais.



Caberia então aos Conselhos Estaduais encaminhar sugestões para o poder Executivo e a Assembléia Legislativa para promover a expansão destes serviços. Podendo se pensar, inclusive, em reativar as empresas estatais de telecomunicações, em complementariedade à Telebrás. Também se faz necessário um órgão que dê legitimidade às denúncias aos abusos cometidos pelas empresas e as redirecione à Anatel e Conselho Nacional.





* Pedro Caribé é jornalista, repórter do Observatório do Direito à Comunicação e integrante do Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social.



1 - Jornal Nacional do dia 21/10/2010

2 -Informação publicada na Folha de São Paulo, 24/05/2010.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Manifesto pelo VOTO NULO

VOTE NULO!

Lute pela criação de um Partido Revolucionário!



As eleições de 2010 repetem a velha e gasta tentativa de vender aos trabalhadores e à juventude brasileira a ilusão de que uma simples participação nas eleições parlamentares pode interferir nas decisões que definem o destino do Brasil e o rumo de nossas vidas.

As políticas governamentais influenciam sim as nossas vidas. A transformação do Brasil num produtor prioritário de biomassa, a privatização do metrô, a reforma da previdência e a entrega sem precedentes de nossos recursos energéticos são alguns dos inúmeros exemplos que mostram como nossas vidas dependem das políticas implementadas pelo poder público. Porém, tais questões não serão resolvidas com o simples ato de votar.

O chamado “exercício da cidadania”, sinônimo do simples ato de depositar ou digitar um voto, é festejado. No entanto, é esse mesmo exercício que se acaba logo após o voto, quando se delega para aqueles que não nos representam o papel e o direito de legislar sobre nossas vidas e nosso destino. O “exercício de cidadania” em si já é farsa porque parte do princípio de que, diante das urnas, todos os indivíduos são iguais. A máxima de que, na hora do voto, patrões e trabalhadores têm o mesmo peso ignora que não somos iguais numa sociedade dividida em classes e que não há tratamento igualitário nas eleições burguesas - especialmente quando todos os veículos de comunicação de massa são dominados ou propriedade da burguesia e do capital financeiro e as grandes campanhas dos diferentes partidos da ordem são financiadas pelos empresários e banqueiros.

As eleições de 2010 se caracterizam pela ausência de debates e de disputa política. Não existe nenhuma candidatura majoritária que represente um avanço real para politização e avanço de conquistas para a juventude e para classe trabalhadora brasileira.

Dilma Roussef representa a continuidade do governo de Lula/PT. Um governo que se vende como representante ideológico da classe trabalhadora e apresenta o grande diferencial de contar com alicerces nos movimentos sociais, na CUT e na UNE, mas que, objetivamente, serve aos interesses do grande capital. São essas características que transformam o governo Lula/PT na mais eficiente alternativa para o aprofundamento do neoliberalismo, possibilitando a manutenção dos lucros e a reprodução do sistema capitalista no Brasil e na América Latina. Só para não esquecer: nos dois mandatos de Lula, foram aprovadas a reforma da previdência e os eixos centrais das reformas universitária e trabalhista, medidas que o governo FHC não conseguiu aprovar.

A candidatura de “oposição” de José Serra, apoiada pela burguesia tradicional, não se opõe a Lula e, sem rumo, não apresenta nenhum programa alternativo, já que o programa que defendem é o mesmo que Lula executa. Sem linha programática, se pauta pelo denuncismo. Como continuidade do mesmo, aparece a candidatura "verde" de Marina, ex-ministra de Lula e candidata do PV, aliado regional do PSDB e do DEM, tendo como vice um dos mais influentes empresários brasileiros.

Neste importante momento conjuntural, com uma crise econômica que se agrava desde o primeiro semestre de 2009, a esquerda brasileira aparece desunida e não apresenta uma candidatura própria unificada. O pior: a esquerda se dividiu não por legítimas disputas programáticas, mas por disputas meramente eleitorais (perfil midiático ou eleitoral do candidato, liderança de chapa, tempo de TV etc.).

Nesta conjuntura, o que acontece são debates engessados e padronizados, sem a existência de espaço para a reflexão e uma efetiva disputa de programas; acompanhamos a formatação para a mesmice e para a venda de imagens. Não por acaso, aumenta-se o número de artistas, cantores e jogadores de futebol como candidatos. A eleição é transformada em sinônimo e resultado de venda de imagens em caríssimas e planejadas campanhas publicitárias, pagas com depósitos milionários, de preferência em contas no exterior!

Eleições de 2010; militantes de aluguel, campanhas midiáticas milionárias, políticos maquiados e embelezados!



A escolha do novo presidente do Brasil, já definido por antecipação, ocorre num difícil momento conjuntural para a classe trabalhadora, quando a crise econômica atinge todos os países do centro do capitalismo com maior ou menor intensidade. Crise mundial e toda a sorte de assombrosos desastres ambientais, guerras, massacres em massa, crise energética, desemprego, falência do ensino público, da saúde pública e da segurança. Esse quadro demonstra que não há esperanças sob os marcos do sistema capitalista, mas sim aprofundamento da desumanização e da miséria dentro desta ordem mundial. A polarização ou o dilema entre socialismo ou barbárie é a realidade exemplificada em cada esquina do Rio de Janeiro e todos os centros urbanos e zonas rurais do país.

Imaginar mudanças dentro da mesma e velha ordem capitalista é sinal de ignorância ou esperteza política. Contudo, mesmo diante deste cenário sombrio, as eleições presidenciais acontecem num clima de total despolitização e indiferença: os debates, por exemplo, atingem cerca de 4% de audiência na TV. Desânimo, descrédito, indiferença e baixíssima participação popular são a tônica desta eleição, já definida e disputada por dois candidatos que apresentam programas pautados pela mesma opção de classe: servem à burguesia e ao capital financeiro. A massa de trabalhadores, muitos desempregados, assiste passiva à continuidade do mesmo, às alianças espúrias, à baixa política de bastidores e à ausência de propostas de transformação real para sua vida e futuro de seus filhos.

Na raiz deste cenário, encontra-se a falência do PT como proposta de organização para a classe trabalhadora. Encerra-se aqui, com muita lama, um ciclo inicialmente virtuoso, com altíssima politização e participação popular. Termina um ciclo político iniciado com as lutas pelo fim da ditadura militar brasileira e a subsequente criação do Partido dos Trabalhadores. Devíamos já ter apreendido com esta história, ainda tão recente, simulacro de tantas já muitas vezes repetidas na história das lutas de classe.

Devíamos ter aprendido o que já era apontado pela esquerda marxista. Uma plataforma reformista, de lutas apenas pela redemocratização, retorno do “Estado de direito” e "Diretas já" colocaram os trabalhadores e a juventude brasileira a reboque e a serviço dos interesses da burguesia e não avançou para sua organização independente como classe. Devíamos também ter aprendido com as divergências que pautaram, naquele momento, as propostas organizativas para o novo partido, o Partido dos Trabalhadores.

O modelo inspirado em partidos social-democratas, tão velhos quanto o reformismo, veio na bagagem de parte da esquerda anistiada travestido de novo. A pauta social democrata, defendida por muitos dos que voltavam como heróis, era criticada e contraposta a um programa socialista revolucionário defendido pelos marxistas. Venceu a social-democracia, o populismo, o obreirismo e o desprezo pela teoria revolucionária.

A falência do PT, hoje aliado da família Sarney, de Collor e Renan Calheiros, repetiu a mesma e velha história trilhada por tantos partidos sociais-democratas e reformistas. O caminho eleitoreiro, pautado, sempre, em concessões e alianças com a burguesia, não resulta e não resultará jamais em avanço real na consciência e organização autônoma da classe trabalhadora.

Reiniciar esta história, 30 anos depois, é despreparo teórico ou irresponsabilidade política. Certamente não é este o caminho para ser trilhado por todos que se apresentam como alternativas de esquerda combativa.

Que fazer diante da falência do PT? Como podemos e devemos nos reorganizar?



A esquerda brasileira vive mais um momento decisivo na sua trajetória. Momento de recriar e organizar o novo. Desperdiçar nosso tempo e energia revolucionária esperando por migalhas de espaço na mídia burguesa equivale a se omitir da difícil tarefa de apresentar alternativas de luta e organização. É preciso denunciar a farsa das eleições, apresentadas como realização máxima da participação popular e sinônimo de exercício político, e retirar da massa trabalhadora a crença no populismo e da realidade midiática construída nas telas da Rede Globo.

É absolutamente inconcebível que, neste grave momento conjuntural, a esquerda ativista se negue a pautar com coerência esse debate e reforce as expectativas de que a vida da classe trabalhadora pode ser transformada pela via eleitoral.

Infelizmente, numerosos companheiros de esquerda ainda gastam seu tempo e energia nessa falsa batalha eleitoral, que assume o posto de projeto estratégico, e em polêmicas partidárias pautadas por melhores ajustes eleitoreiros. Justificar-se-ia o esforço de militância e a participação nas eleições pela possibilidade de propagandear um programa socialista nos escassos minutos disponíveis na mídia burguesa e materializá-lo com propostas concretas capazes de alterar as condições de vida dos trabalhadores numa conjuntura de avanço das mobilizações e lutas, propostas essas que certamente os candidatos e partidos da ordem estão impedidos de apresentar diante de seu comprometimento material e ideológico com a burguesia.

O que já era velho e gasto virou caricato e exige de nós, militantes revolucionários, muito mais do que escassos minutos de aparição na TV. Há que se perguntar se existe espaço real nesta conjuntura para uma disputa de idéias e defesa de um programa socialista numa meteórica participação midiática e o que, num cenário de crescente descrédito nas eleições, promove um maior avanço da consciência dos trabalhadores.

Diante desta conjuntura, o Coletivo Marxista se posiciona publicamente pela defesa do VOTO NULO, apresentando como alternativa não a mesmice burguesa e sim a luta pela criação de uma real alternativa, um Partido Revolucionário que organize e impulsione as lutas da classe trabalhadora contra o capitalismo.

Denunciar efetivamente esta farsa populista e/ou direitista exige a desmistificação das soluções parlamentares, enraizada na massa de trabalhadores pela ideologia dominante. Exige a apresentação de outro caminho e de alternativas não reformistas que apareçam como contraposição à descrença e ao desânimo pautados no senso comum de que todos são iguais e que todos têm seu preço.

O voto nulo não é uma negação da política. Pelo contrário, é a afirmação da necessidade de uma concepção política pautada por um corte de classe. É a afirmação da política referenciada na transformação social, na superação do capitalismo e na construção da Revolução Socialista.

Votar nulo nas eleições de 2010 significa reconhecer a necessidade de construir o novo. Significa usar o espaço eleitoral para desmascarar a farsa eleitoral e mostrar a coerência entre a teoria e a prática revolucionárias. É hora de se dizer não a todas estas mentiras!

Vote nulo e reafirme o sonho libertário comunista de igualdade!

Vote nulo e junte se a nós na luta por uma sociedade sem classes!

Vote Nulo e junte-se a nós na luta pela criação de um Partido Revolucionário!


Gabriel Marques
http://alemdotrivial.blogspot.com
Coletivo Marxista
http://coletivomarxista.blogspot.com
http://movimentoquemvemcomtudonaocansa.blogspot.com
Twitter -> @grdmarques



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domingo, 26 de setembro de 2010

(me)Manifesto

Penso no querer
não no que deve ser
mas no que pensa no que é

penso no não ter,
no compartilhar
não sentir, sentirem.

não tendo
peço que o pensar me amadureça para o ser!

domingo, 29 de agosto de 2010

Fenótipo ( DNA ?)


"característica determinada pelo genótipo e pelas condições ambientais" Aurélio

Semelhante, parecido, aparência,
relação entre seres, coisas, ou idéias que têm em si elementos conformes,
além dos comuns a espécie.

Dois olhos, uma boca, um nariz?
Mais que isso!
Cor, forma, tamanho..

Estamos (des)marcados?

As marcas estão no que me ensinou, no que aprendi, no que vivemos juntos.
Naquele buraco no quintal, naquela queda-livre da laje à areia da construção.
Naquele picadeiro com direito a cacunda pra pernas cançadas.
Na "manteiga" com pocazói.
Na tatuagem por muitas vezes adiada, no show do Planet Hemp em 2002.

Estamos marcados na teimosia, na alegria, na sinceridade, nas lágrimas.
E quero muito mais!
Ainda que na ausência, ou na presença,
você está em mim e eu em ti.

Estamos marcados!


(eu sou de peixes, ele aquário)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

...

"Se eu faço unicamente o meu
e tu o teu
corremos o risco de perdermos
um ao outro e a nós mesmo
Não estou neste mundo para
preencher tuas expectativas
Mas estou no mundo para me
confirmar a ti
Como um ser humano unico para
ser confirmado por ti
Somos plenamente nós mnesmos
somente em relação um ao outro
Eu não te encontro por acaso
te encontro mediante uma
vida atenta
em lugar de permitir que as coisas
me aconteçam passivamente
Posso agir intencionalmente para
que aconteçam
Devo começar comigo mesmo,
verdade,
mas não devo parar aí:
a verdade começa a dois"

Algum cliente do Roberto Freire





Mais um começo sem fim que te escrevo e guardo
como páginas do livro que conta uma bela e bem vivida história.
Tão infinito e além, como eterno enquanto dure.
Não se sabe onde começa, mas que vale ser recontada
para que ensinem e aprendam, como fazemos,
um com o outro, e com a vida!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

"no mundo de Sofia"


AUTO CONFIANÇA.. Sócrates morreu com ela! Acreditava que a democracia da maioria é burrice. Agia pela lógica, SUA lógica!

Uma contração forte e uma afirmação que por enquanto não passa de brincadeira:

- acho que é hoje!.

As pessoas pensam que é como na novela:

- Socorro, a bolsa estourou!- Pega a mala e corre pro Hospital.

O médico diz pra eu ir pra casa, esperar no mínimo mais 12 horas! Ufa \o/
Em casa, um banho de água morna, um cochilo, uma mala bem arrumada, uma ansiedade sem pressa, e a pressa dos "mais experientes":

- você já está perdendo sangue,não pode ficar esperando em casa!!

Foram alguns meses me preparando para esse momento, lendo sobre o assunto, formando opiniões, mas na hora, eu, mulher decidida, me torno mãe indefesa!
Sofia nasceu de parto NORMAL [?], oncitocina, bolsa estourada pelo médico, episiotomia.. sem explicações, sem tempo pra argumentos. Somos cinco na sala de pré-parto! Poderia ser diferente? Menos tenso? Mais normal? Perguntas que não saem da cabeça!

23 horas e 45 minutos, 2,630kg, 45cm, uma menina!
Ainda sem nome, é a princesa. Ela precisa de um nome! Vamos escolher com calma. "Vou chamá-la de Késia" - diz uma tia. Já falei, vamos escolher com calma!
Cora? Catarina? Clara? Sofia.. é Sofia.

Linda Sofia. "O nariz é da mãe!". Lindo nariz rs
Acorda 2 vezes na madruga, chora pra avisar, eu acordo, troco a fralda, dou-lhe "O peitão", ela mama e volta a dormir.

Treze dias depois o primeiro susto, CÓLICAS.
"Dá chá de Erva Doce". Não precisa nada disso, dou o peito e abraço bem forte.
"Que mãe essa, tem prazer em ver a filha chorar". Não é prazer, é paciência, vamos descobrir como lidar com isso, sem chás, sem remédios, crianças têm cólica.
Um coeiro a mais,dormir na barriga da mamãe e zero lactose. Probleminha resolvido, sem chás, sem remédio!

Vinte e nove dias, diarreia - Maldita lasanha.
De novo a conversa de chá, remédios. Me tranco no quarto com Sofia,
e o que mereço "é uma surra".
O peitão entra em cena, um colo bem quente, e uma alimentação correta e pronto!

Outro dia, o esporro foi por amamentar demais: "tem que ter as horas certas!"
além disso, estou "viciando ela no colo!"

Respiro fundo, dou uma lida (benditas mamíferas), retomo minhas forças e auto confiança

esse é só o 1º mês "no mundo de Sofia".

Foto: Sofia, Paz e Amor. Arquivo pessoal.

sábado, 1 de maio de 2010

PALAVRAS doces e salgadas podem jorrar da mesma fonte

não gosto de contradizer a bíblia.. eu tenho fé nela..

mas tá ae uma coisa que o ser humano pode fazer..
e se vc não entende que é ser.. o humano enlouquecE !

terça-feira, 2 de março de 2010

..dos primeiros dias de um novo ano

“Dedé: bebê da zona rural. Já anda. Apóia-se na ombreira da porta passando, com muita precaução, da sala para o vestíbulo. Uma vez conseguido isto, ele vai ficar de quatro para descer engatinhando os três degraus de pedra que levam ao pátio. Conseguiu! Encontra-se frente a frente com um gato: eles se olham, depois cada um segue o seu caminho. Esta é a primeira meia hora de seu dia que contará com dezesseis. Ninguém para lembrar que ele é apenas uma criança: ele sabe por si mesmo coisas que não estão ainda ao seu alcance. Ninguém para preveni-lo de que um gato pode arranhar, e que não pode descer a escada sozinho. Ninguém para intervir em suas relações com as crianças mais velhas. Então o que pode acontecer é que se machuque: um arranhão, uma cicatriz. Mas não quero dizer com isto que você precisa substituir a super proteção por uma total ausência de certa proteção. Apenas explico que, no campo, uma criança de um ano já vive, enquanto que entre nós um rapaz de dezoito anos apenas se prepara para viver. Quanto tempo lhe será necessário para realmente começar a vida?” Janusz Korczak

Essa citação está no ultimo post do mamíferas. Me chamou atenção porque exemplifica um pouco do que repeti algumas vezes desde meu aniversário no ultimo domingo. Não quero ser pretenciosa, mas da afirmação, "Apenas explico que, no campo, uma criança de um ano já vive, enquanto que entre nós um rapaz de dezoito anos apenas se prepara para viver." , eu me encontro mais próxima do bebe do campo, que do jovem da zona urbana.

Meus pais são separados desde que eu tinha 2 anos, fui criada pela minha avó materna e visitava-os ou recebia-os de visita nas férias (como faço até hoje). Quando comecei a estudar, ainda ia fazer 3 anos, minha avó saia muito cedo pra trabalhar e ficava para os meus tios a responsabilidade de me arrumar pra escola.. imagine a bagunça.. dar banhos, pentear meus cabelos que por muito tempo foram bem longos,arrumar a lancheira, coisas que quase nunca ficavam como eu queria (lembro eu já queria algo) fui então aprendendo a pentear meus cabelos sozinha e as outras cositas mais, e com seis anos já ia sozinha pra escolinha que ficava aqui no bairro mesmo.

Com 14 decidi ir morar em Niterói, com minha irmã mais velha e mais próximo da minha mãe. Mas não foi bem esse o motivo, além da minha vontade de mudança da pré-adolescencia, tinha a oportunidade de estudar num dos melhores colégios da cidade com bolsa integral. Na época, fui considerada uma rebelde (novidade) e ingrata. Estava abandonando minha avó, que agora tinha apenas mais um filho solteiro dentro de casa. Mas pensei em mim, no que eu queria, e na oportunidade que me era dada. Fui em frente, e graças a essa rebeldia hoje estou no 6º/7º período de Rádio e TV numa Universidade Estadual, sou militante e isso tem um significado importante pra mim (comecei como secundarista), conheço vários estados do país, e tenho amizades que não troco por nada nesse mundo.

Aos 20 anos, engravidei, de uma pessoa que não nasceu pra ter filhos, não por nada, mas que ao meu ver, escolheu pra sua vida ser livre, viver sem responsabilidades tão sérias e gostosas como essa da paternidade. Engravidei, antes, muito antes do que queria, do que sempre quiz, não da maneira que queria e que sempre quiz. Dentre as minhas escolhas, decidi abortar as minhas vontades de antes, abortar a vontade de outros, conceber meu filho, e encarar o que isso representaria e representa pra mim.

Ao completar 21 anos, não só uma, mas algumas pessoas me perguntaram sobre aquele momento que quase todo mundo tem no seu dia, "Relembrar o passando e pensar no futuro!". Minha resposta? Acho que minha vida me pede pra fazer isso todos os dias, desde sempre! Na irracionalidade da paixão, na racionalidade da razão, a todo tempo sou incentivada a encarar a realidade de frente, e assumir as responsabilidades que isso significa, mesmo que seja ter mais uma ou duas disciplinas reprovadas no histórico da faculdade, por considerar o professor um merda (que vai me dar aula esse semestre de novo) ou por escolher a LUTA por uma sociedade mais justa pra mim (porque vê-lo viver bem vais me fazer bem também).
Aprendi a encarar a realidade de frente, e pensar nas possibilidades dessa realidade, e se me der preguiça, tirar um cochilo ou dar uma namorada porque também sou gente.

Contudo, vou lembrando do Passado, que me mostra como sou forte, como posso fazer muito mais e melhor do que já fiz, e que me dá coragem pra pensar no FUTURO que posso ter, com os amigos, com um grande amor e agora, com essa pessoinha que esta por vir, e que apesar de fazer parte do presente também é mais uma ponte pra um FUTURO, feliz e bem vivido.
O que para os fracos é só uma fantasia, um faz de conta, um sonho mimado de toda mulher, pra mim, é resposta racional do mundo as escolhas racionais que faço, e que com coragem e força vou viver Feliz!

Êaaa !

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Paixão


Autor: Filipe Cabral

"Para mim, o titulo ideal é: Do tempo da prosa com cara de poesia."


É fato, já diagnosticado e comprovado. O mais importante da nossa vida são as paixões. Me desculpem os mais tradicionais. O amor tem seu valor, sua beleza e importância, mas bom mesmo é o sentimento da paixão. Aquele estouro de sensações que pode fazer com que, mesmo nas últimas velas assopradas da vida, nos sintamos ansiosos e empolgados como no tempo das primeiras espinhas na cara.
Que fique bem claro, nada contra o amor! Mas convenhamos que se o amor nos promete a tranqüilidade perene de um colo quente, nos acalma e nos cria sorrisos mansos no rosto, a paixão tem o passe livre entre céu e inferno, une e separa ao mesmo tempo, nos faz molhar o sorriso com lágrimas, engravida. A paixão é o que expande veias e artérias, é final do carioca no Maracanã, o porre de uísque, o carnaval na Sapucaí, a apoteose dos sentidos, é o tesão do amor.
Muita gente, talvez iludida num mundo de borboletas, flores e céu azul de Hollywood, chega a afirmar que casar é a solução. Para isso vivemos. Também não sou contra o casamento, mas não há mortal nesse mundo que me convença de que o casamento seja o remédio para todos os males. Aliás, o que não falta é gente que morre dizendo o contrário. Um casamento sem paixão ou do qual a paixão se despede com o tempo é flor sem água, sexta-feira sem cerveja, feijoada sem samba, Rio sem Ipanema e Madureira. Apesar do conforto de um amor pra vida toda, o que eu gosto, de verdade, é de me apaixonar. Por tudo, por todas, a toda hora, momento, instante, em qualquer lugar ou em lugar nenhum. Basta uma gargalhada bem dada, uma fina alça de blusa caída do ombro, um sotaque mais puxado, um samba a dois ou uma citação bem colocada de Marx, Gramsci, Nietzche, Bauman, tanto faz para que o mundo ganhe contornos coloridos e um novo dia nasça. Ao contrário do amor, a paixão não exige a perfeição completa e a integridade da beleza e aprumo para se manifestar. Grande escritor e ídolo, Xico Sá afirma em seus textos que “mulher é metonímia, a parte pelo todo, sempre encontramos, naquela que se acha a mais feia das mulheres, um pedaço da anatomia capaz de provocar uma inexplicável razão de viver”. E mesmo sem muita propriedade pra falar, acredito que o mesmo deva acontecer com os homens, ainda que, em minha opinião particular, tenham uma anatomia bem desprivilegiada em relação a das mulheres.
A paixão nos permite um leque de possibilidades que nenhum outro sentimento é capaz. Nos apaixonamos, ontem, hoje, amanha, no trabalho, no mês que vem, na escola, faculdade, na fila do supermercado, na mesa de bar, no ensaio da bateria ou numa cerimônia religiosa ortodoxa. Por uma mulher, por outra depois, pela mesma de antes mais uma vez, por homem, amigos, histórias, por gatos e gatas, cachorros e cachorras, galinhas, pintos, pererecas e piranhas, seja lá o que ou quem for. Apesar de não ser sempre a mesma, a paixão, ao contrário do amor, consegue ser constante na vida. Ela foi, é e ainda há de ser num outro dia, mês ou ano. Mesmo quando morta, é capaz de ressurgir das cinzas por um simples telefonema, carta, e-mail ou mesmo por um encontro inesperado.
Além de tudo, a paixão não implica posse. Por sua característica geral e passageira ela pode não me permitir dizer que “sou de todo mundo e todo mundo é meu também” (Platão que o diga), mas também não me torna um proprietário de algo ou alguém. A grande graça, talvez, resida justamente nessa fugacidade. Na necessidade e possibilidade de se renovar todos os dias. “Que não seja imortal, posto que é chama. Mas que seja infinito enquanto dure”, já dizia o poetinha referindo-se, quem sabe precipitadamente, ao amor. A paixão é isso. É um balanço à sorte da maré, é o vai e vem, o início e o fim, é sístole e diástole. Conclusão geral: Não há saída, na verdade, todo mundo quer se apaixonar.


Imagem: "All saint day I" Kandinsky

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Nas filas da vida..


Nesses 5 (quase 6) meses de gestação peguei fila preferencial 3 vezes.
A primeira no banco. Estava com muita fome e sabia que se esperasse toda fila comum passaria mal ali mesmo.
A segunda, também no banco, fazia um calor infernal, tinha andado um bocado, e ao avistar aquela fila enorme, sem ao menos um lugar para sentar por perto, resolvi optar pelo que me era de direito.
Na terceira, hoje, fui a lotérica que está sempre cheia, e que já algumas vezes enfrentei a fila comum, mesmo estando gestante. Mas hoje, era simplesmente impossível, acordei com cãibras, os minutos que passei na fila preferencial já foi bastante desconfortável e, até agora minhas panturrilhas doem.
Mas as pessoas não sabem disso, na verdade, elas só vêem uma barriguinha que nem tá tão grande assim!
Afinal, porque gestantes tem preferência em filas?
Nas duas ultimas situações, passei pelo desconforto de ter que explicar porque isso acontece, pois não ia deixar que as pessoas ali permanecessem na sua ignorância, e que gestantes como eu,novas, fortes e com barriguinhas nem tão grandes assim, continuassem sofrendo com os mesmos questionamentos.
Gestantes têm preferência em filas porque a fome é em dobro, porque o peso que ela carrega, não é dela mas, de alguém dentro dela, e por isso causa um certo desconforto, mesmo que a barriga ainda não apareça. Gestantes ficam com seus pés inchados, e isso é muito desconfortável, eles parecem que vão explodir, e você nem sente os dedos tocar o chão. Acordar com cãibra então, essa foi minha primeira vez, e estou orando para que não aconteça de novo, porque a dor é terrível.

Não pensava em falar sobre esses desconfortos da gravidez. Acho que isso tudo é irrelevante perto das sensações boas que inclusive já escrevi um pouco sobre falando no 1 . Também porque, acho que, se esse é um direito de grávida, não precisava ser questionado. Mas quando isso acontece, surgem outros questionamentos:
- Como pode uma mulher me questionar sobre o direito da gestante ter preferência em filas?
- Ela ainda acha que eu vim de propósito porque sabia que que não enfrentaria a mesma fila que ela?

entre outros..

Enfim, todas as mulheres têm o direito de engravidar, e as mesmas, ainda grávidas, tem o direito de pagar suas contas, e se utilizarem de serviços de banco, supermercados etc. Portanto, respeitem esses direitos e passem a informação adiante!
;)

pS. Quase esqueço, teve uma vez que furei a fila da Thalma de Freitas num supermercado lá em São Paulo, ela é amiga do Fabrício que pediu licença porque precisavamos correr pra pegar o portão da PUC - SP aberto (COBRECOS 2010) rs.. mas essa é outra história!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Carnavalia



"Vem pra minha ala
Que hoje a nossa escola vai desfilar
Vem fazer história
Que hoje é dia de glória nesse lugar

Vem comemorar
Escandalizar ninguem
Vem me namorar
Vou te namorar também

Vamos pra avenida
Desfilar a vida
Carnavalizar

Na Portela tem Mocidade
Imperatriz
No Império tem
Uma Vila tão feliz
Beija-Flor vem ver
A porta-bandeira
Na Mangueira tem morena da Tradição

Sinto a batucada se aproximar
Estou ensaiado para te tocar
Repique tocou
O surdo escutou
E o meu corasamborim

(Samborim)

Cuíca gemeu
Será que era eu
Quando ela passou por mim

La la la la la la la la la la
La la la la la la la la la la

La la la la la la la la la la
Aonde?
La la la la la la la la la"



Um dia desses no mamíferas a Kalu escreveu uma história
que simbolizava a chegada do filho dela ao mundo..

Pra mim essa música conta um pouco do sentimento
que tenho por essa história que tá só começandO*

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

... sobre maiS (o que vc não viu na tV )

Recebi este e-mail com alguns vídeos sobre a criminalização dos movimentos sociais. Como eu acredito que a grande mídia não repercute estes fatos, acho que nós temos o papel de, pelo menos, difundir estes atos de autoritarismo.

Encaminho alguns vídeos sobre as manifestações de violência e de protestos contra a Criminalização do MST.

-Criminalizaçã o do MST no RS:
http://www.youtube.com/watch?v=bSSwRkySZNE

-Carta dos Movimentos Sociais Gaúchos:
http://www.youtube.com/watch?v=-rogHIQuMow&feature=related

-Denúncia de advogado contra a criminalizaçãod o MST:
http://www.youtube.com/watch?v=CxtrKnevkkY&feature=related

- Ato contra a criminalização dos movimentos sociais no Encontro Nacional dos estudantes de Educação Física e no Encontro de estudantes de Agronomia- Porto Alegre.
http://www.youtube.com/watch?v=I2THLWE6UUo

Juventude que ousa lutar constrói o poder popular!!!


" É verdade que depois de derrubadas as cercas do latifúndio, outras se levantarão: as cercas do judiciário, as cercas da polícia(ou das mílicias privadas), as cercas dos meios de comunicação de massa... Mas é verdade também que cada vez mais caem as cercas e a sociedade é obrigada a olhar e discutir o tamanho das desigualdades, o tamanho da opulência e da Miséria, o tamanho da fartura e da fome." (Pedro Tierra,1995)

Saudações Socialistas

sábado, 13 de fevereiro de 2010

BIG BROTHER BRASIL, UM PROGRAMA IMBECIL



Autor: Antonio Barreto, natural de Santa Bárbara-BA,
residente em Salvador.

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’..

Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude...

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…

FIM

Salvador, 16 de janeiro de 2010.

* * *

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

falando no 1..


primeiro foram os enjoos, peitos que não paravam de crescer, e uma leve mudança na região barrigal rs. Como uma criatura com menos de 5cm poderia causar tanta estranhesa?! No papel dizia positivo, no corpo também.. mas até ouvir aquele micro coração bater como o coração de quem acaba de passar pelo lup mais longo da montanha-russa mais sinistra do universo, era só um positivo!
Descobrir-se prenha é muito loucO.. descobrir-se prenha aos 20 anos, no 6º semestre da faculdade, de uma pessoa da qual se tem muita estima, mas que não é aquele menino crecido (1,94m bem crescidos) com o qual sonhava viver pro resto da vida é indescritíveL.
Não é só um sentimento, não é só você! É você e mais "1" sentido aquilo tudo!
Ouvindo o que não se espera ouvir, de quem não se espera ouvir. Coisas boas, coisas ruins..
Recebendo aquele cuidado de quem não pergunta nada, mas que te oferece um carinho, um abraço, ou aquele e-mail do tio que diz pra você "ir pentear o cabelo porque agora você é mãe", receber aquela ligação de quem a 18 horas de distância se doa quase que 24horas de todos os dias, mesmo que no trabalho, ou na aula, ou com a casa cheia de visitas, ou um sorriso de quem esquece tudo que ficou pra trás, que magoou (por mais de uma vez até), pra dizer que está aqui pro que precisar.. e aquele mais novo irmãozinho.. que mesmo não entendendo nada, torce por você!
Também tem aquela dinda de quem você espera compreensão e recebe um silêncio desconfortável, de cortar o coração, aquela mainha (pra quem prefere, voinha) que repete chorando "tanto que eu te avisei", e aquela mãe de quem você espera o maior esporro do mundo e de repente ela se torna a mãe mais compreensível do mundo!
Temi, temi não conseguir, temi a reação de todos que realmente investem sua vida em mim, temi o ódio da decepção, temi não ser forte o bastante comigo mesma.. mas descobri com muita paciência que eu poderia fazer diferente!
Hoje amo, amo meu filho que com 22 semanas na barriga me faz sorrir, falar, cantar e dançar sozinha, que me faz perdoar o que poderia considerar imperdoável, que me faz conversar sobre maternidade, sobre parto natural, sobre renuncia e doação como temas comuns nas rodas de amigos, por mais que eles não entendam ainda muita coisa, conto com seus sorrisos ao me ver falando, e sigo em frente.
Não sabia o que fazer desse espaço que apesar de usar menos do que queria, ainda queria..
Não sabia se me expor ou me privar de falar do que queria, quando queria, e me contradizer (contradição faz parte do crescimento também!)..
E o resultado foi esse !!
Ainda estou na metade do caminho pra ver a cara do meu filho.. e até lá.. ele vai tá muitas vezes nos meus textos aqui.. porque ainda vou escrever muito e muito!
Esse é só o primeiro chute.. o meu.. porque ele sozinho já parece um time inteiro de futebol!!

Pra terminar, quero agradecer a todos que têm me fortalecido todos os dias. O dindo Caum e a dinda Cacá, meus dicipuladores e pais Deda e Tâmara, minha família malunga mais que lindA, os Mings e todos os loucos da UESC, as Miguxas(rs), Jana, Irmãozinho, Beijinho (mandica), Lou (meu nenem), Luka da Rosa (me apresentou o blog Mamíferas, muito booooM), ao mamíferas, minha família que, do seu jeito, tá tentando me compreender e tá sendo linda, ao Lipe que é inexplicável (que me faz rir e chorar só de falar o nome), e a Deus, por mais que alguns não acreditem nEle, eu acredito, e atribuo ao seu amor por mim todas essas pessoas que ao cruzarem minha vida me fazem muito feliz!

vou parar por aqui pra não chorar maiS rs.
inté, e bom carnaval.

P.s. se seu nome não apareceu, não fica chateado comigo, eu não esqueci, só que é muito nome pra colocar alí rs. (do meu jeito, sabe como é).